quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Dia 31

Trinta e um motivos:
Para sorrir
Para chorar
Para fazer da poesia,
Trinta e um motivos para sonhar.

B!

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Dia 28

Sem ao menos perceber
Que tudo era mentira, e tira
Pra você um par só pra ficar
Na noite que não vê
Que o amor pode estar
Logo atrás de você.


B!

sábado, 26 de janeiro de 2013

Dia 26

Escrever sobre a chuva nem sempre é escrever sobre o chorar,
talvez até seja só para rimar
as palavras
ou metaforizar
o meu penar - ou não -
D'uma coisa certeza serei
e tenho absoluta razão,
este poema não foi escrito
nem pra chuva e nem
pra solidão.

B!

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

.ilustra.


Dia 25

A simplicidade de ser e viver
Voa por entre arranha céu de nuvens destelhadas,
Da coisa que nos aperta o corpo de tão existir
Até outras sensações que nos fazem rir por aí.
Toda cerveja degustada,
Todo petisco; noite de luar
Vira azia dentro de quem não tem o que pulsar.
Luz da cidade a me guiar,
Sombras e pegadas por todos os lados
Gatos, cachorros e mendigos tocando jazz sem parar.
É tudo mentira,
É tudo vaidade
De quem perdeu o que tinha no coração.

B!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

.ilustra.


Dia 22

Francisco tinha a solidão como companhia,
era como uma poesia sem métrica ou rimas
como uma Monalisa sem tinta e cor.
Francisco vivia como nesses dias de chuva,
sempre cinza dos dias e idéias
cheio de nuvens e água gelada.
Para quietar sua tristeza, Francisco
flutuava nos sonhos que criava
ao ver as gotas da chuva cair
e secar feito folha de outono
do outubro,
e do outrora.
Em momentos às vezes, vê seu tímido olhar
cobrir em detalhes o amor.
E tem isso como objetivo,
só não é compreendido
correspondido,
e nem os didos das palavras, 
soletravam o amor para Francisco.

B!

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Dia 21

Traço caminhos em
Seus sinais,
Caminhos que me tragam
A boa sensação
De estar com as estrelas.

B!

domingo, 20 de janeiro de 2013

sábado, 19 de janeiro de 2013

.ilustra.


Dia 19

Tudo que tenho no bolso e vida
são uns poemas na calça,
e sonhos dobrados e guardados num livro
de praça que vez abre e fecha,
dançando com vento as páginas.
Dizem por aí que sou aquele que pinta
as palavras de cores,
feito tela branca
de sua pele leve.
Singelo,
pinto amores.

B!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Dia 18


Meu samba toca mansinho
na leveza da baiana,
no batuque do tam-tam
e no choro fino do cavaquinho.
O meu samba tem pós-graduação em "querer",
querer ser
tocar
e gemer na cuíca de toda beleza da menina
que sobe e desce o morro,
só pra cuidar do meu coração.

B!

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Dia 17

Esse gosto amargo
gelado
que passeia por minha
língua,
foge a sanidade que cabe dentro de mim.
Disfarçando o que resta do
escritor
cai à chuva
e se desperta para ver
o que vai passar.
Passa o tempo
passa as nuvens e
passa a agonia,
só não passa o amor
e tampouco
a poesia,
que por mais que ardida, diria:
sem as palavras
não me seria.

B!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Dia 16

Gosto do seu riso
e o som que ele faz.
Gosto do seu cabelo 
e d'os fios que ele traz.
Gosto quando opina poesia
mesmo quando não faz sentido.
Gosto quando volta para mim
todas as manhãs,
fazendo do dia ser mais tarde,
e na noite
sempre resta teu cheirinho
no meu travesseiro.
Resta o avesso,
veste o desejo.

B!

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Dia 15

Seu Antônio
Criatura simpática,
Seu Antônio de cachoeira
Do quebra queixo.
Antônio do José,
Do Francisco e do João,
Da vida difícil
Do rosto marcado.
Seu Antônio da linha do trem
E da vida
Que vai e vem feito fumaça
Da Maria,
Que o Seu Antônio tem.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Dia 14


Tudo que escrevo é uma obra-prima,
Um Best-seller
Um filme premiado
Ou a música mais tocada.
Tudo que escrevo é um plágio
De mim mesmo,
Uma cópia do pensamento
De criança,
Do sonho de ser escritor
E escrever poemas em livros de folhas azuis
E capa flexível.
Sou poeta do plágio,
Este por exemplo:
Trata-se d'um plágio da minha vida.
Tenho inveja do homem que imagina
E o homem,
Tem do poeta, que transcreve em sonhos
Todos os desejos que o mantém vivo.

B!

domingo, 13 de janeiro de 2013

sábado, 12 de janeiro de 2013

Dia 12

A gentileza
Ficou
Gentil
O vendedor de
Água
Bebeu a sua sede,
O sinal ficou verde
E a faixa
Finalmente
Respeitou
A
Esperança.
Sem falar
Da
Música que
Pela primeira
Vez
Tocou
Em stereo
No fone
De ouvidos
Dos transeuntes.
O dia
De hoje acordou
Um tanto
Nublado,
Mas
A cor cinza
Que
Predomina o céu,
Desta vez,
Descoloriu
Os postes
Da felicidade.

B!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Dia 11

América descoberta
Colonizada e
Rendida.
Olhares de estranhar
O RG
Registrada assim para
Não sofrer.
O mapa é Mundi
E não posso mudar-me daqui.
America dos encontros
Partidos,
Poema escrito de caneta vermelha,
Ideologia solitária.
Sem lenço
Silêncio
Grita!
- Aaaaaaaah!
Assim são as fases d’min vida.

B!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Dia 10

Dez poemas para chamar
De seu.
Dez dias de sol
E nuvem.
Chuvarada no meio da tarde,
Dez caminhos assim:
Sem (en) fim.
Ás dez, acordar.
Ás dez, sonhar.
Dez minutos para escrever,
E o mesmo vale
Para não chorar.

B!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Dia 9

Quem sonhou,
Esqueceu de acordar.
Provavelmente vive num
Livro do Neruda,
Capaz de beijar
Em dois idiomas,
Sin perder La gracia
De hablar de los encantos
De La boca
Se traducen.

B!

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Dia 8

A
Madrugada
Pediu
Minha
Mão
Em
Casamento

Que
Peguei
No
Sono.
Acordei
Ao
Lado
Da
Manhã,
E
Agora
Pergunto-me:
Foi
O
Sol
Ou
A
Lua
Que
Me
Traiu?

B!

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Dia 7

Todo engarrafamento
É um romance marginal,
E toda gente
Poesia cansada,
De quem aguarda
Pela próxima estação,
A chegada do expresso
Saudade.
Nessa avenida de carros,
Rendo-me aos encantos
Pedestres.
Todo amor
É um engarrafamento.

B!

domingo, 6 de janeiro de 2013

Dia 6

O dia amanheceu primeiro
Do que eu,
Acordei disposto
Para as visitas de todo domingo.
Abracei meu afeto mais bonito,
Sorrir meu único riso
Pro amanhã nascer mais sensível.

B!

sábado, 5 de janeiro de 2013

Dia 5

Cria tudo
Cria assunto
Cria mundo
Cria fundo
Cria muito
Cria certo
Cria surdo
Criado mudo.

Cria terra
Cria mar
Cria santo
Ou
Orixá
Cria vento
Temporal
Cria chuva
Coisa e tal.

Cria verbo
Adjetivo
Oração
Ou advérbio,
Cria as vírgulas
Do coração,
Porque todo sábado
É o dia da criação.

B!

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Dia 4

O velho de bengala
Na calçada,
Vestido de branco
Mal sabe da sua grandeza
Tampouco de sua sabedoria.
Oyá mandou avisar,
Que esse velho com cara
De moço
É Oxalá.

B!

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Dia 3

Fale do seu poema favorito
Ou daquela linda canção do Veloso.
Escreva sobre os nossos primeiros encontros,
E sublinhe a minha paixão por seus contos.
Pra falar de amor, fale de nós dois.

B!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Dia 2

Quarta nota musical
Quarta estrela Dalva
Quarta vontade de sumir
Quantos quartos para dormir?
Quarta amiga do peito
Quarta idosa em desespero
Quarta dose de cachaça
Quanta gente pelo chão
Que dia é hoje?
Quarta, quinta, sei não...

B!

terça-feira, 1 de janeiro de 2013